Nos últimos anos, a popularidade de esportes como corrida, natação, triatlo e musculação tem crescido de forma exponencial. Com os inúmeros benefícios que essas atividades oferecem à saúde, como a melhora da resistência cardiovascular, o fortalecimento muscular e o bem-estar mental, é fácil entender por que tantas pessoas estão se dedicando a elas. No entanto, especialistas alertam para dois riscos pouco discutidos, mas extremamente relevantes, que podem afetar até mesmo atletas amadores: a síndrome de overtraining e a síndrome da deficiência energética relativa no esporte (RED-S). Esses problemas são consequências do treinamento excessivo e da falta de cuidados adequados, e suas repercussões podem ser sérias.
Durante o Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia (CBAEM 2025), realizado em Gramado, os especialistas destacaram a importância de estar atento a esses quadros. A síndrome de overtraining, por exemplo, não apenas prejudica o desempenho atlético, mas também pode levar a uma série de distúrbios hormonais. Já a RED-S, que envolve uma inadequada ingestão de energia em relação ao gasto, pode resultar em consequências devastadoras para a saúde geral do atleta, afetando desde o metabolismo até a saúde óssea.
Os profissionais presentes no evento enfatizaram que a conscientização sobre esses riscos é crucial. O equilíbrio entre treinamento e recuperação é fundamental para garantir não só a performance, mas também a saúde a longo prazo dos praticantes. Portanto, antes de se lançar em um novo desafio esportivo, seja na corrida, na natação, no triatlo ou na musculação, é essencial que os atletas, amadores ou não, estejam bem informados e busquem orientações adequadas para evitar que o amor pelo esporte se transforme em um fardo para a saúde.
