Nos dias atuais, o Brasil enfrenta um cenário alarmante que destaca a urgência da saúde mental em todos os aspectos da vida: pessoal, profissional e social. Um levantamento recente revelou que, em 2024, foram registradas impressionantes 472.328 licenças médicas por transtornos mentais, o maior número da última década. Esse aumento de cerca de 68% em relação ao ano anterior não é apenas um número frio; são vidas interrompidas, sonhos adiados e histórias paralisadas por um problema que se tornou estrutural no ambiente de trabalho. Ansiedade, depressão e outras fragilidades emocionais clamam por atenção imediata.
Mas o que está por trás desse aumento alarmante? As causas são multifacetadas e complexas. As cicatrizes deixadas pela pandemia, o luto, o medo e o isolamento têm deixado marcas profundas. Além disso, a crescente informalidade no mercado de trabalho e a insegurança financeira intensificam o estresse cotidiano, criando um ciclo vicioso que muitas vezes se torna insuportável. Enquanto tentam equilibrar seus papéis em um mundo caótico, muitos se veem à beira do colapso emocional.
Um dado que merece destaque é que 64% dos afastamentos por problemas mentais são de mulheres, com uma idade média de 41 anos. Essas mulheres, muitas vezes líderes de família, acumulam funções e responsabilidades, se cobrando incessantemente, e frequentemente esquecem de cuidar de si mesmas. Essa pressão constante não só afeta sua saúde mental, mas também repercute em suas famílias e comunidades, criando um efeito dominó que pode ser devastador.
É hora de a sociedade se unir e colocar a saúde mental no centro das discussões. Precisamos de mais apoio, compreensão e iniciativas que promovam o bem-estar emocional. O Brasil não pode se dar ao luxo de ignorar esse alerta. É fundamental que todos nós façamos nossa parte para quebrar o estigma e oferecer um olhar mais humano e acolhedor àqueles que estão lutando em silêncio. A mudança começa agora!
Fonte: @alfinetei
Foto: Internet (G1)