Em uma decisão impactante, a juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, decretou nesta segunda-feira (10) a falência da operadora de telecomunicações Oi S.A. A medida, com efeitos imediatos e irrecorríveis, marca um capítulo triste para a empresa, que já foi um gigante do setor, mas que não conseguiu se reerguer após anos de dificuldades financeiras.
A decisão judicial não se limita apenas à matriz, mas também abrange suas subsidiárias internacionais, garantindo a continuidade provisória das operações, especialmente na prestação de serviços essenciais à população. Essa ação busca minimizar o impacto da falência no cotidiano dos usuários que dependem da telecomunicação para suas atividades diárias.
A juíza fundamentou sua decisão no artigo 73 da Lei 11.101/2005, destacando o descumprimento do plano de recuperação judicial, que havia sido aprovado em 2024. A magistrada observou a “liquidação substancial” da companhia, um sinal claro de que as tentativas de recuperação não surtiram efeito. A Oi, que chegou a ser uma referência em inovação, agora enfrenta a dura realidade de um colapso financeiro.
De acordo com os dados do processo, em outubro de 2025, a Oi acumulava uma dívida extraconcursal de impressionantes R$ 1,7 bilhão, enquanto sua receita mensal era estimada em apenas R$ 200 milhões. Esse cenário alarmante evidencia a gravidade da situação e levanta questões sobre o futuro das telecomunicações no Brasil.
Desde 2016, a Oi já havia enfrentado duas recuperações judiciais, sendo a mais recente iniciada em 2023. Durante esse período, a empresa tentou reestruturar suas operações por meio da venda de ativos valiosos, como Oi Fibra e Oi TV, além de buscar uma solução no Chapter 11 nos Estados Unidos. Contudo, a juíza concluiu que essas medidas foram insuficientes para evitar o colapso, ressaltando que a empresa operava apenas com a venda de ativos, sem conseguir gerar uma receita sustentável que garantisse sua sobrevivência a longo prazo.
Fonte: @portalg1
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